Rodrigo Coutinho rebate comentários sobre Renato e afirma: “Na preleção não foi pedido bloco baixo contra o Palmeiras”
- 02/07/2025
Rodrigo Coutinho revela que Renato Paiva não orientou Botafogo para ter postura defensiva contra o Palmeiras
A eliminação do Botafogo para o Palmeiras no Mundial de Clubes foi considerada o estopim para a demissão do técnico Renato Paiva, decisão tomada por John Textor.
No entanto, o comentarista Rodrigo Coutinho, do SporTV, discorda da análise dominante e afirma que não houve orientação do treinador português para uma postura defensiva no confronto, como muitos sugeriram.
– Na preleção, não foi pedido aos jogadores para deixar o Palmeiras com a bola, baixar o bloco e jogar em contragolpe. Pelo contrário, o Botafogo não conseguiu fazer no campo. Aí é outra história, afirmou Coutinho, citando conversas com pessoas do próprio clube.
Vitória sobre o PSG foi uma “aula defensiva”
Segundo o comentarista, a escolha por Danilo Barbosa como volante, por exemplo, não caracterizava uma estratégia reativa, já que o jogador tem qualidade na saída de bola e construção ofensiva. Coutinho acredita que a execução falha, e não a proposta tática, foi o problema.
A crítica à demissão também se baseia na atuação histórica contra o PSG, dias antes do revés para o Palmeiras. Para Coutinho, o desempenho tático na vitória sobre os franceses foi exemplar.

– Aquilo é uma aula de como defender. Está na história: PSG 0x1 Botafogo. Ninguém vai apagar isso, destacou o jornalista, que lamentou a mudança repentina de postura da diretoria. Não entra na minha cabeça que o dirigente, que dias antes interrompe uma entrevista para dar um beijo no treinador, depois o demite por um jogo só, completou.
“Botafogo Way” na mira
Rodrigo Coutinho também ironizou o conceito de “Botafogo Way” tão defendido por John Textor. Segundo ele, o próprio Luís Castro, que liderou o time no início do Brasileiro de 2023, adotava um estilo muitas vezes reativo, sem que isso fosse questionado enquanto os resultados apareciam. – Quando está ganhando, está bom. Quando não está, não presta? Não pode ser assim, criticou.
O comentarista concluiu que o trabalho de Renato Paiva ainda estava em desenvolvimento, com apenas três meses e dificuldades naturais do calendário apertado. A decisão de demiti-lo, portanto, foi precipitada e mais emocional do que estratégica, em sua visão.