“Queria ver gringo fazer o que estou fazendo no Fluminense”, provoca Renato Gaúcho antes de tira-teima com Al-Hilal
- 03/07/2025
Declarações fortes de Renato na véspera de Flu x Al-Hilal
Na véspera de mais um capítulo decisivo do Fluminense no Mundial de Clubes, Renato Gaúcho falou com a imprensa em Orlando e não economizou nas palavras. Em sua última coletiva antes do confronto contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita, pelas quartas de final do torneio nesta sexta-feira (4), o treinador tricolor rebateu críticas, defendeu os técnicos brasileiros e lançou um desafio direto àqueles que costumam exaltar os profissionais estrangeiros.
“Sinceramente eu queria ver um gringo fazer o trabalho que estou fazendo no Fluminense. Duvido que consigam”, disparou Renato, em tom firme. A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre as recorrentes comparações entre treinadores brasileiros e estrangeiros, tema recorrente no debate esportivo nacional desde a ascensão de nomes como Jorge Jesus e Abel Ferreira no futebol local.
Renato, que reassumiu o Fluminense após a saída de Fernando Diniz, vive um momento de afirmação. Em pouco tempo, reorganizou a equipe, resgatou o protagonismo de jogadores e conduziu o time a uma classificação sólida para as oitavas de final da Copa Sul-Americana, além de uma campanha de afirmação no Brasileirão Série A.
Treinador brasileiro é ultrapassado? Para Renato, é mais que completo!
“Cada um tem o seu jeito de trabalhar. Mas o que me incomoda é que às vezes parece que só o gringo é bom. A gente que está aqui trabalha duro, entende o clube, conhece o jogador brasileiro. E o resultado está aí”, completou Renato Gaúcho, lembrando da campanha do Flu no Mundial, onde empatou com o Borussia Dortmund na primeira fase e destronou a Inter de Milão na fase anterior.
O comandante do Fluzão aproveitou o momento para reforçar a importância de valorizar o técnico brasileiro, que, segundo ele, lida com pressões maiores e com realidades distintas das de muitos estrangeiros. “Aqui a cobrança é diária. Treinador brasileiro precisa ser psicólogo, gestor, técnico, preparador… é um pacote completo. E mesmo assim tem gente que prefere dar mais crédito para quem vem de fora”, reclamou Renato.

Confiança em vitória tricolor contra o Al-Hilal
A postura confiante do técnico também se reflete na preparação da equipe para o jogo contra o Al-Hilal por vaga na semifinal do Mundial de Clubes. O Fluminense terá todos os principais jogadores à disposição e aposta em um estilo de jogo mais agressivo e dinâmico, com a posse de bola como protagonista.
O Al-Hilal chega embalado com reforços de peso no elenco, como Malcom e Koulibaly, e conta com o embalado Simone Inzaghi no comando. O duelo promete tensão tática e intensidade. “Respeitamos o Al-Hilal, é um grande time. Mas o Fluminense tem camisa, tem história e tem um grupo que acredita. Vamos com tudo”, prometeu Renato.